O Conselho de Projetos e Clubes é uma estrutura de desenvolvimento educativo, prevista no Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas do Fundão (PE), que se constitui através da coordenação e/ou promoção de projetos ou clubes que integram atividades (desenvolvidas em espaço formal e/ou não formal de aprendizagem), continuadas no tempo (em pelo menos em dois períodos/trimestres) tendo como público-alvo os alunos e/ou os pais/ encarregados de educação e/ou os colaboradores e/ou outros elementos da comunidade educativa.
A implementação de projetos e a participação nos clubes visam a melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem, o aprofundamento do conhecimentos, a experimentação, a inovação pedagógica e a formação para a cidadania, através do desenvolvimento de múltiplas competências, nos seus intervenientes. O envolvimento da comunidade educativa, o empenho e a dedicação de todos os elementos traduzem-se em resultados concretos, que têm impacto na formação dos seus agentes, na promoção do sucesso educativo e na manutenção de níveis residuais do abandono escolar. Anualmente, a oferta e a participação nos Projetos e Clubes são bem reveladoras do dinamismo deste Agrupamento. Os projetos e clubes dão, portanto um importante contributo para se atingirem os objetivos consagrados no projeto educativo do Agrupamento.
Os projetos e clubes privilegiam o sentido de pertença a uma comunidade, reconhecendo as alterações de ordem social, educativa (escola inclusiva) e económica, desenvolvendo ações abrangentes (vertentes ética, cultural, social, científica, artística, desportiva e tecnológica) destinadas ao público interno e externo e valorizando o envolvimento da comunidade educativa, potenciando, assim, práticas inovadoras e contributos diversificados com resultados que abrangem a organização como um todo. Promovem a articulação de órgãos e serviços, internamente e com o exterior, uma vez que só desta forma é possível o envolvimento de diferentes estruturas, alunos de diferentes turmas e níveis de ensino, EE/pais, docentes de várias áreas, entidades externas e pessoal não docente, em torno de objetivos/ações comuns. Reforçam uma atitude de maior abertura ao exterior pelas inúmeras parcerias estabelecidas e pela organização e participação em eventos de divulgação dos projetos e clubes/atividades desenvolvidas. Evidenciam uma preocupação em incrementar a eficiência, motivando alunos e colaboradores, partilhando recursos, reduzindo custos, utilizando as tecnologias de informação (alguns projetos candidatam-se a financiamento externo, outros articulam ações preocupando-se em estabelecer redes de trabalho internas e com o exterior, solicitam apoios a empresas ou a outras entidades.
A diversidade de projetos e clubes denota a preocupação para o desenvolvimento, nos alunos deste Agrupamento (centro de toda a atividade educativa), de competências básicas exigidas pela sociedade atual e que vão ao encontro do preconizado nos documentos oficiais, nomeadamente no Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória (Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho) e que têm enquadramento nos fundamentos dos recentes normativos Legais produzidos. No Decreto-Lei n.º 55/2018, pode ler-se que “a sociedade enfrenta atualmente novos desafios, decorrentes de uma globalização e desenvolvimento tecnológico em aceleração, tendo a escola de preparar os alunos, que serão jovens e adultos em 2030, para empregos ainda não criados, para tecnologias ainda não inventadas, para a resolução de problemas que ainda se desconhecem”. São cada vez maiores os desafios colocados às escolas e às famílias para responderem às exigências da criação de oportunidades para que os jovens possuam competências mais alargadas, que os transformem em sujeitos adaptáveis a este mundo global e em constante mudança.
A cultura de mudança subjacente a esta preocupação conta com o contributo das reflexões/avaliações permanentes a diversos níveis, não só do conselho de projetos e clubes, mas também, a um nível mais abrangente, da direção, do conselho pedagógico, dos departamentos, dos conselhos de coordenadores dos DT e da equipa de autoavaliação, permitindo incorporar as mudanças necessárias e a consequente adaptação contínua, assegurando algumas continuidades, reformulando ou implementando novos projetos/clubes.